sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Irene não é culpada, é negligente.

Mais de três anos após a inundação do bairro Campo Dantas, os moradores das ruas: Presidente Médice, Gonçalves Dias, Raimundo França e Travesssa Frei Carmelo ainda convivem com muitas incertezas sobre as condições de evacuação da água do Riachinho.

Em Janeiro de 2008 mais de 100 famílias perderam seus pertences na inundação, onde em algumas áreas, o nível da água ultrapassou dois metros de altura, obrigando os moradores a saírem durante a noite enquanto tentavam salvar objetos. A chuva torrencial de 137 milímetros causou sérios estragos em residências e empresas, localizadas nas proximidades do Terminal Rodoviário. No início da manhã, populares se uniam às famílias afetadas, para contabilizar os estragos deixados pela tempestade noturna.
Na época a imprensa mostrava o sofrimento das famílias, colhendo depoimentos repletos de cálculos de perdas e apontava para a necessidade de debater a infra-estrutura do local, uma vez que a área afetada trata-se do leito do Riachinho, um riacho temporário que une-se ao esgoto e, percorre por vários bairros do município.
Os moradores se manifestaram, procurando auxilio ao poder público, mas as respostas que tiveram até o momento, não foram capazes de solucionar o problema. A Prefeitura construiu uma galeria na Rua Gonçalves Dias e, aparentemente a medida funcionou, por que nos dois últimos anos o volume de chuvas diminuiu.
No entanto, a população que convive com problema afirma que o maior agravante está na Rua Presidente Médice, onde na época, o volume de água foi maior, e posteriormente, na segunda enchente deixou o saldo de uma vítima, que foi engolida pelo bueiro localizado por trás do Posto Servicenter Remy Soares. Exatamente onde está o problema, pois no local apenas duas fileiras de manilhas são responsáveis pela saída da água, atravessando a Praça Valeriano Américo, passando por baixo do posto citado.
Com relação ao problema em evidência, a inércia do Poder Público Municipal tem uma explicação razoável: Há um risco de que a discussão do assunto chegue a um levantamento técnico que possivelmente aponte a necessidade de obras no Posto Servicenter Remy Soares, trazendo gastos inesperados para os proprietários. E isso, “não pode acontecer”, uma vez que os donos da empresa são parentes da prefeita. Esperamos que esse assunto seja discutido agora, para uma possível resolução no decorrer do ano

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